Refutando o Calvinismo em Isaías... Marcelo Rissma
Refutando o Calvinismo em Isaías 45.7
Is 45.7: "Eu formo a luz, e crio as trevas; eu faço a paz, e crio o mal; eu, o SENHOR, faço todas estas coisas."
Quando Isaías fala sobre Deus criar o mal, o termo hebraico é traduzido como "rah"; que tem como um de seus significados “calamidade”, de acordo com a Concordância de Strong, 7451. Essa interpretação é ainda mais reforçada pelo contexto, que traça um contraste entre paz e guerra, e não entre bem e mal. Se a tradução correta fosse por mal moral, o texto estaria contrastando o bem e o mal, e ficaria assim: “eu faço o bem e crio o mal”. Mas ele está em contraste com paz, o que significa que está no contexto de batalha, pois o inverso de paz é guerra. Observe que no versículo 01 (45.1), Deus usaria Ciro para "abater as nações", guerra, “mal” como calamidade e julgamento.
Outros trechos das escrituras usam a mesma linguagem, como em 2ª Reis 22.16, que foram punições e calamidades e também Josué 23.15, onde aparece a mesma palavra no original.
Na sua forma temporal, essa execução da justiça de Deus às vezes é chamada de “mal”, porque parece ser um mal aos que estão sujeitos a ela (Hebreus 12.11). Portanto, a palavra hebraica correspondente a “mal” “rah” empregada no texto deveria ser traduzida como “calamidade” ou “desgraça”. Assim, se diz que Deus é o autor do “mal” neste sentido, mas não no sentido moral. Assim, a tradução mais correta desse versículo é aquela oferecida pela NVI e por outras versões, que diz: “Eu formo a luz e crio as trevas, promovo a paz e causo a desgraça; eu, o Senhor, faço todas essas coisas” (Isaías 45.7). A “desgraça” (NVI) ou “mal” (ARA) não é o mal moral, como o pecado, mas a guerra, em contraste com a paz.
A Bíblia não é absolutamente contrária à guerra, contanto que seja por uma boa razão. Se os Aliados não tivessem lutado contra Hitler na Segunda Guerra Mundial, provavelmente o mundo teria sido dominado pelos nazistas e seus planos de exterminar todas as raças, exceto uma “raça pura” ariana teria sido levado à ação em todo o mundo. Isso é totalmente diferente de dizer que toda guerra é boa, ou de justificar guerras por motivos fúteis como mera conquista territorial.
Conforme a Bíblia bem atesta, Deus pode trazer a prosperidade para aqueles a quem Lhe obedecem e o desastre sobre aqueles que não Lhe obedecem (Dt 11.26-32; Dt 29); como atos de julgamento ou castigo. Esses desastres são certamente “rah” para as pessoas sobre as quais eles sobrevêm, mas por serem atos de justiça de Deus, não podem ser considerados como moralmente iníquos.
Deus criou o mal? Sim, no sentido de calamidade, infortúnios, desgraça e não o mal moral. Deus não criou o mal no sentido moral:
“Pois tu não és Deus que se agrade com a iniquidade, e contigo não subsiste o mal” (Salmo 5:4-5).
Deus não tenta ninguém, pois ele é a fonte de "toda boa dádiva e todo dom perfeito" (Tiago 1.13-17). Dizer que Deus é o causador do mal é um ataque a Sua Santidade, constituindo tal pensamento uma blasfêmia.
Pense nisso é ótima semana!
No Amor do Abba Pater, Marcelo Rissma.