Sonho e Esperança Quando? Não sei... Enoque Teles Borges
Sonho e Esperança
Quando? Não sei ao certo!
Se foi obra do acaso ou destino
Não importa, não convêm indagar.
Foi numa dessas viagens virtuais
Que, te senti por perto.
No início tudo que aconteceu,
Foi um olá, um riso invisível,
E logo meu coração deserto
Floriu. Nele, um sonho nasceu,
Uma esperança logo cresceu.
Inexplicável aquela emoção.
Meus sentidos conturbaram,
Nascia ali, do nada, uma paixão.
Era tudo tão virtual,
Que sonhar além da telinha...
Impossível, inconcebível pensar,
Que do nada surgiria algo tão real.
Preferível supor estar vivendo
Mais uma utópica ilusão!
Era um outro dia. E naquele dia,
Estavas lá. Esperando-me? Sim! Não!
Pensei. Mas eu sabia que te esperava...
Na tela, um outro olá, que satisfação!
E logo, uma indizível alegria
Inundou-me a alma e a mente,
Afogando de vez a dor e a solidão.
Assim foi o início! Depois:
Ideias, revelações, anseios...
Descrições: dos cabelos, dos olhos,
Das pernas, dos lábios, dos seios...
Intimidades expostas e nas entranhas,
Devorava-nos um invisível fogo abrasador.
E assim revelamos tudo, um ao outro,
Trocamos: fotos, carícias e muito amor.
Pensava no azul de dos teus olhos
E via crescer em mim a esperança.
Pensei que um felizardo eu seria,
Se nos teus dourados cabelos
Tocasse e deles apoderasse um dia.
Encontro marcado: e com ele,
Dúvidas, ansiedades, temores...
Encontro realizado: e com ele,
Sorrisos, emoções, desejos,
Passeios, beijos e sabores...
Hoje, te procuro novamente,
Na cidade, no parque, na telinha...
Mas só te encontro na minha mente,
No sonho que permanece em mim,
No meu amor que como brasa continua,
Esperando que um vento sopre em fim,
E remova as cinzas que cobrem,
Essa ardente paixão que é tua.
Sampa 15/03/03 15/3/2003 17:35:29