⁠Levo de 2021, experiências Do ano... Ricardo Melo

⁠Levo de 2021, experiências Do ano ainda em curso, levo dele, muitas experiências,
Muitas delas, alguns poemas escritos.
Entre eles, muitos foram retirados de u... Frase de Ricardo Melo.

⁠Levo de 2021, experiências




Do ano ainda em curso, levo dele, muitas experiências,
Muitas delas, alguns poemas escritos.
Entre eles, muitos foram retirados de uma alma poética...

Escritas minhas, conduzidas a baixo de lágrimas, e por sinal, muitas lágrimas..
Outros lidos e aplaudidos.
Alguns deles, tentei levar a inspiração para horizontes desconhecidos....

Tive noites trabalhando, pouco descansei...
Muitas palavras escritas, vividas, sentidas dos sonhos que sonhei, e outros não...

Delírios férteis e sólidos, quiseram me transformar em um líquido escorregadio, porem, não deixei...

A próprio punho, elas sofreram comigo.
Meus dedos calejados, choram e ainda continuam.
Muitos deles, sorriram.
Foram muitas horas escrevendo para aliviar o peso extra pesado...

Dediquei escrever o amor, cansado suspirei e adormeci;
Dediquei escrever o ódio, arrependido, voltei e revivi;

Dediquei escrever a saudade, de olhos semiabertos, envaideci e voei para o além;

Dediquei escrever o luar, a terra.
Olha eu aqui, acima da atmosfera.
Aspirando ares, e encantando olhares...

Dediquei escrever a escravidão, com os escravos, senti as chicotadas lambar em meu lombo, quanto tombo! ainda estou meio zonzo;

Dediquei escrever a melancolia, em pleno dia, balbuciei na cachaça ilusória, credo em Cruz, Jesus e a Nossa senhora, que vitória!

Dediquei andar nas cordas bambas da ilusão, como artista, me desequilibrei, não caí, perturbado fiquei, mas não bati o dorso no chão;

Dediquei escever o sertanejo e de raiz cravada em minha memória,
Fiz versos para a Maria, para o João e para o Sebastião, atraído pelo meu instinto, vi o Sol, oh! Quão belo é esse sertão;

Dediquei escrever a vida, ela insana, profana, me enganou, quase morri;

Dediquei escrever a morte e por sorte ela se afastou de mim, e aqui estou...

Escrevendo. Quis eu descobrir o segredo que tem esse meu violão, pois tem algo nele ainda que muito me insulta.
Ainda não consegui decifrá-lo nos meus braços e nem no meu colo...

O ano que vem, não sei se estarei aqui.
Se aqui ainda eu existir, vou criar outra forma de compor a composição...

Espero eu nos primeiros dias, renovado, vindo de um ano muito delicado, descobrir esse segredo tão por mim mesmo, fomentado...

Dediquei, e sou dedicado.
Sou pássaro, sou um inspirador automático....

Termino esse ano chorando e sorrindo,
Até aqui, Deus tem me sustentado.
Espero ainda muito lapidar com precisão essa dor.
Que tem esse meu instinto de Poeta,
Voador.





Autor : Ricardo Melo
O Poeta que Voa