Não sou imortal Data: 25/02/2021 Às... Stéfanie de Oliveira R.
Não sou imortal
Data: 25/02/2021
Às vezes penso no que sou
E no que me tornei
Às vezes penso que navego as sós
Para me sentir em paz
Às vezes quero ser feliz com alguém pra me alegrar
Às vezes quero ouvir uma música para
Deixar o canto vagar e ver a imaginação nos carregar
Às vezes quero dançar
E ver o luar e as estrelas brilhar
Às vezes me sinto perdida
E me vejo em uma maré de sangue transbordar
Não sou imortal
Respiro fundo e enfrento obstáculos duro
Quero andar na escuridão
Desfrutar o mar o horizonte
Tomar uma gelada
Rir com a rapaziada
Chorar no meu lamento as sós
Espantar minha dor por uma noite calada
E guarda a angústia quando tiver as sós
Às vezes quero gritar
E baixar minha voz com o travesseiro pra ninguém escutar
Às vezes só quero ser amada sem exigir
Às vezes só quero te amar pra não ter que te iludir
Mais as lágrimas escorrem
E eu me coloco a um rio a transbordar
A maré já não pode matar minha sede
Deixa o canto influir
Deixa a natureza clamar
E a rosa brotar
Pra depois ter que ver vaiar
Pela dor do espinho que inflamou em mim
Sinta a brisa
Não diga que não faz diferença
Gira com planeta
Roda com o mundo
Mais não afunda com o maré
Me ver sangrar não é minha intenção
Apenas feridas por acidentes
Essa dor não da pra colocar pra fora
Esse corte profundo não será meu
Só pra ver o sangue escorrer e a dor fixar
Não irá aliviar
Essa dor nuca me pertenceu
Essa dor nunca será só minha.