Gustavo Konrado Compartilhado com... Gustavo Konrado
Gustavo Konrado
Compartilhado com Público
Quero fazer um comparativo entre o real e o texto:"Todo o filho é pai da morte de seu pai"
Creio que antes das mortes do meu pai e de minha mãe. Fui um pouco pai de meu pai e de minha mãe. Vi-os despedir-se pouco a pouco. A gente os vê definhando...as suas fortalezas se abalando...minguando...decompondo. Seus braços e suas mãos fortes, agora, tornaram-se trêmulas...fracas...inseguras. Os seus andares estilosos e robusto...foram diminuindo lentamente...arrastam-se com grande dificuldades. Precisam apoiar-se em nós para seus lentos caminhares....depois a cadeira-de-rodas , um pequeno alívio para suas dores latentes...finalmente a U T I dos hospitais...entrega lenta...dolorosa...no final o último suspiro da vida e a chegada da morte corporal...triste...arrasador...uma dor descomunal...a gente impotente diante da morte... Sem saber o que fazer...ou nada fazer...tornamo-nos paralisados...sem ação...desprovidos de força física e espiritual...combalidos.. totalmente enfraquecidos. O choro explode , o nosso corpo e alma se compadecem...um breve alívio de nossas dores...nada mais...Peço perdão aos meus pais se não fui pai tão forte no final de suas vidas, como eles os foram comigo durante as suas vidas terrenas. Que Deus, em Sua infinita bondade, os fortaleçam para um novo viver, uma nova vida que irá se estabelecer. Peço as suas bênção papai e mamãe. Até um dia...se Deus assim quiser...amém...assim seja...