O BANCO O céu era claro, nem nuvens... Marcos Silveira
O BANCO
O céu era claro, nem nuvens mostrava
o infinito chamava os idos passados
o vento frio soprava, o outono findava ...
O olhar alheado assistia o tudo e o nada
o bem-te-vi pipiava seus cantos rimados
e no leque das asas alçou seu voo rasteiro.
Meu olhar deliu-se no distante horizonte
o silêncio soturno expressou a cruel solidão
restou-me a saudade, folhas secas ao chão!