MÃOS QUE SE ESTENDEM São muitos os... Rônet Alves

MÃOS QUE SE ESTENDEM

São muitos os gritos de dores...
E Gritos de horrores, de temores...
Gritos de fome que são ignorados
Por gente que no egoísmo, está perdendo valores.

Entre tanta falta de tudo, uns querem faltar com o amor,
Mas tem gente que abre o coração
E através do “estender de mãos”
Continua partilhando porque não negociou seu verdadeiro valor.

É tempo de escassez de tudo...
-E por que tem gente com tudo e gente sem nada?
Fazemo-nos esse questionamento tantas vezes
Como forma de se livrar de ser sinal de Amor no mundo.

Há mãos que se entendem no muito ou pouco
E levam mais do que comida, levam presença mesmo à distância
Fazendo a diferença mesmo que invisível aos insensíveis...
O que na verdade querem é abraçar com gestos o outro.

A Solidariedade não mudou de significado
E nesse tempo favorável ela também grita
Para que seja uma constante em cada atitude
E resposta sempre pronta para quem busca “seu bocado”.

MÃOS QUE SE ESTENDEM são poucas e raras...
Mas não são frias, mesquinhas ou irrelevantes.
São AMOR PULSANTE, VERDADE CONSTANTE
E em meio ao caos que o mundo vive SE IMPORTE COM O SEMELHANTE.



Rônet Alves

Aracati-CE, 23 de março de 2021.