Viva o Ano Novo! - porque (re)existir... Flavio Lanzarini
Viva o Ano Novo!
- porque (re)existir é preciso -
No princípio era o Verbo... – mentira. No princípio e ao fim sempre será o amar.
E os amares são com e por pessoas – o encontro.
Os poetas são mentirosos – nos disse um Pessoa. E eles têm razão.
Por isso nos enganamos quando nos fazemos palavras. A maior mentira já publicada começa, assim, no princípio da palavra.
Trocaria todos meus versos pela sabedoria do abraço. Poetas colhem versos.
Palavras se perdem no vento. Gente se enraíza no coração.
Há quem cultive gentes! Sábios, colhem irmãos e irmãs.
Somos feitos das gentes que comungamos – não de palavras.
Então, a única sabedoria que vale é a do conhecer gentes.
Que neste ano que se inicia, você recolha muitas gentes, a saber...
Crianças, velhos, homens, mulheres, héteros, homo, bi, trans, multi, mono, plus...
Pobres, ricos, brancos, pardos e pretas. Humanos, não-humanos, desumanos, normais, anormais, animais. Poetas, não-poetas, profetas e ateus.
Gente, enfim.
Beijo Grande e Feliz Ano Novo!
©Flavio Lanzarini dezembro de 2018