Um erro clássico, principalmente... Luiz Roberto Bodstein
Um erro clássico, principalmente entre os que tendem a avaliar todas as coisas pelo viés de suas crenças, é supor que a tão propalada “lei do retorno” só acontece no plano da batalha filosófico-religiosa travada entre o bem e o mal, obedecendo à suposta premissa divina de crime e castigo em que sua ira é despejada sobre os que levam prejuízos a outrem. Fosse eu esse deus alegadamente constituído de justiça e amor, ficaria muito incomodado por me vir transformado em mero guarda-costas dos bons e juiz dos que me fazem mal, até porque qualquer gestor eficiente teria uma estrutura para fazer isso por ele. Se há algo que não depende de crença alguma para ser levada a sério e deixa a balança nas mãos da própria natureza humana é a lembrança de que tudo o que fazemos tem consequência, e quanto mais repetirmos os mesmos erros o “retorno” se fará proporcional, já que definimos o modo como seremos vistos e o que extrairemos de tal postura. Então, natural e independentemente de inquisidores, mais dia menos dia a conta chega. Simples assim!