「Visita indesejada」 Vampiro, mais... Clayton Yos
「Visita indesejada」
Vampiro, mais uma noite me visitas?
Sabes que me sufoca e me tiras o sono por teus feitos impulsivos,
Pois vejo novamente sangue mulheril em seus lábios de engano,
Sabotador em série é o que tu és, e cúmplice sou eu por dar-te abrigo
Já disseste as donzelas que o único reflexo que se vê de ti é a doce ilusão do fantasma de um bom homem o qual um dia em agonia elas pensavam existir?
Efêmero vampiro que agora se diz agonizar por um amor perdido,
Te conheço, e a mim não ilude, pelo vento flutua suas palavras de mudança assim como as atitudes angelicais das quais o inferno está cheio.
Já não te julgo pelo futuro brilhante o qual prometeste sempre aos corações desavisados,
Mas sim, pelo teu passado maldito que arrastas contigo, visto que, não feliz em não refletir sua verdadeira face, tu também quebras o espelho da confiança, tu as trai não por outrem, mas por ti mesmo, e acabará afogado em seu próprio vazio.
A manhã já vem, e quem derreterá por ti, sou eu, teus pecados a mim recaem,
Pois diferente de ti, reflito, até demais, e agora me diga o que se faz com um amor perdido?
Desconfio, ó meu infeliz amigo, que tu fostes também mordido.
Afinal não somos exceção, nem diferentes dos demais, meros mortais,
Ninguém muda por ninguém, nem tu nem quem te mordeu, assim são as pessoas neste mundo, vampiros e donzelas só mudam quando é tarde demais.