A liberdade coagida Se tem asas,... Giovane Silva Santos
A liberdade coagida
Se tem asas, também tem gaiolas.
Como se entende riquezas, e viver de esmolas.
O pensar, refletir e expressar.
Se devo, se posso, qual o resultar.
Um povo, uma gente, um ciclo.
A natureza do sonhar, da esperança, da frustração e do realizar.
Tudo é possível.
Creio que sim.
Até a inversão dos rios serem abastecidos pelo mar.
O homem capaz, o homem sagaz, o homem capataz.
O rio que não mais viaja o fluxo natural.
O direito de errar, arrepender, consertar.
Real, é real?
Olha, o submundo, a condição global.
A cadeia genealógica das grandes civilizações.
A vida moderna, as grandes transformações.
Sim, a liberdade de cada qual, um, construir a sua vida, a sua condição.
Não, coação, o negro, o pobre, o índio, enfim, a família e a desestruturação.
Natural seria isto, nada muda, nada se constitui, ainda perpetua a escravidão, antes chibatadas, agora pressão, destruindo o equilíbrio e ditando descontrole na emoção.
Tese, antítese, dentro desse contexto, o que digo, pode ser um banal texto.
Uma poesia, um grito escondido com pretexto.
O homem é caçador do semelhante, tão quanto o eu é caçador de mim, um ferindo o outro, e quando eu e você não reagimos, aceitamos e não construímos, também somos escrotos.
Tudo, tenho dito que é desafiador, não é vencer pra ter diploma, mas cada um que não aceite o coma, é capaz sair da redoma, intransigência e ignorância, sim, lavando, passando, cozinhando, o mesmo pedreiro pode ser doutor.
É que a palavra diz, que o povo padece por falta de conhecimento, de fato o arquivo da vida é cheio de informações, talvez não se leia cada página, mas pode se escrever uma linha, fé, esperança, muita, muita e constante perseverança, que a todo momento Deus soa uma música, e o compasso de cada dança, do peso do corpo e da balança, ditará sim, se fomos capazes de absorver o ritmo.
É frenético, regras, o ar inundante, o sol radiante, o banho de praia, o labirinto e porão tudo emaranhado numa situação.
A sociedade diz, democraticamente, coragem em Deus, veemente a ideia do homem é maldita, pois a liberdade do fraco é sempre coagida.
A misericórdia contemplada, e velada no caixão do homem irracional, contraditório ou irrisório essa poesia resume se nessa ferida, a liberdade é coagida.
Giovane Silva Santos