Nos matamos, um pouco todos os dias em... Alan Yato
Nos matamos, um pouco
todos os dias
em doses conta-gotas tardias
de suicídios não violentos
São vidas expostas ao tormento.
Desperdiçados os ímpetos e talentos
Morrer um pouco, para que
vivamos como loucos.
Quando deixamos de ser...
Passamos a ver, compreender
E perdemos a nossa essência
Igual aos que vivem de aparência.
Quando silenciamos nossas verdades
Deslocados da Realidade.
Ou quando os vícios tão vívidos,
tão pobres quanto os ídolos.
Apuro aos tormentos
Se sua alma é vazia
Recheada de trevas e poesia,
No relento, presos na própria mente
como detentos.
Morremos e padecemos.