Eu pulei de um precipício sem medo... Carla Ramires
Eu pulei de um precipício sem medo
do que estava por vir; se era um rio de
água doce, um mar de sal para lavar
minhas feridas ou pedregulhos e
pedras pontiagudas não sei: me joguei.
Me jogaria de novo, me jogarei.
Para o amor nunca medi esforços,
nunca tive limites em amar. Sempre fui
inteira e não importava de que jeito...
Nunca fui metade da laranja de
ninguém nem quis que alguém fosse
a minha. -transbordar é o que precisamos-
As pessoas não querem ser amadas
apenas por palavras, mas quando o
amor é freado, impedido, estagnado,
ele vai atrofiando, como um músculo
que não se exercita.
O amor é constante sem ser repetitivo.
O amor é a todo instante sem
ser incômodo.
O amor é tempo sem pressa que,
acelera o coração e nos faz planejar
um lindo futuro sem precisar atropelar
o presente.
Amor, é a maluquice de alguém muito
lúcido,desposto a ser sempre louco
em não deixar que razão alguma tire
a pessoa amada de perto de seus cuidados...
Amor é invasão sem ser invasivo;
é solidário, mas não se doa a qualquer um.