Sobre o receio de dizer Sobre o... Anele
Sobre o receio de dizer
Sobre o receio de ouvir
Tudo deve ser puro
E intenso no peito
O momento ei de saber
Vejo que este me embrulha
É agora ou nunca
Fecho-me diante da dúvida
Quase digo por um momento
E arregalo-me com a leveza
E a naturalidade deste pensamento
Traduze-se a palavras tudo que se sente
Ou tudo o que a mente entende sobre a gente
Voz que me enche
Preenche meus ouvidos, olhos, boca e corpo delicadamente
Olhares que provocaram interesse
Invadem como filme dentro da mente
Tudo faz sentido
E a pulsação quer competir com o mundo
E por isso deixa-se explodir
Liberta-se da prisão
De palavras trancadas
De um medo sutil da alma
Inóspita sentia-se a garganta
Pelas quais hoje circulam cores
Antes quase pedra e concreto
Hoje, muros maleáveis ao vento
Cordas que podem soar sem medo
Passivas pois conhecem o tempo
Entendem que tem o dia de bater a massa
E tem o dia de brindar com a taça
O pão que se assa