“ A poetisa” Visto-me de tantas... Marllene Rodrigues
“ A poetisa”
Visto-me de tantas histórias
as vezes tem Sol a encher de vida
os aposentos do castelo
ou o breu do sótão
sem janelas.
No luxo... glamour, puro brilho
e society,
sem destino vejo um fio da lua
entre as tábuas do meu quarto.
Fui Rapunzel aprisionada...
mas senti a liberdade das estradas
sob ruídos
de rodas enferrujadas.
Digo de peito aberto:
- conheço o mais amargo gosto
e o mel do mais fino licor
que veio de Piemonte
em taças com marzipan
e beiradas de ouro
Sabe onde moro e sempre morei?
dentro das páginas de um livro
que se chama :
“Todas as minhas vidas!”
(eras e eras)
aut. Marllene Rodrigues
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