Não somos uma ilha. Nossas atitudes... Luiz Capuano
Não somos uma ilha.
Nossas atitudes afetam as pessoas que estão a nossa volta. De forma positiva e negativa. Mesmo aqueles com quem apenas dividimos um espaço, seja ele um condomínio, uma rua, a cidade ou o país, podemos interferir na vida de quem partilha conosco esses ambientes.
Assim, se deixamos de seguir o regulamento do prédio onde moramos, causamos prejuízo aos demais condôminos e, consequentemente, ao convívio harmônico dos moradores; se não consertamos os buracos da nossa calçada, prejudicamos as pessoas que passam por ali; no âmbito da cidade, se sujamos os rios, estamos contribuindo para que, nos dias de chuva, haja alagamentos; se não cumprimos com o nossos deveres por exemplo, pagar impostos, votar, estamos deixando de dar a nossa contribuição para o bom andamento da sociedade.
Mas quando a ligação com as pessoas que nos rodeiam é de amizade (verdadeira) ou familiar, a responsabilidade sobre nossas atitudes é de outra natureza. Tudo o que fazemos, de bom ou de errado interfere nas pessoas de forma mais intensa. Se ficamos doente, preocupamos essas pessoas que querem nos ver bem de saúde; quando nos curamos, passamos alegria pra todos; os nossos sucessos contagiam os que nos amam, assim como nossas dificuldades entristecem os que querem nos ver bem.
Deveríamos fazer as coisas da melhor forma possível e evitar problemas, mas não só porque temos um compromisso com quem nos relacionamos. O maior compromisso que temos é conosco mesmo, ou seja , acima de tudo, temos que ter feito um pacto de boas intenções conosco, de forma que tudo que fazemos e como fazemos nos leve para frente.
Assim, procurar a sua felicidade, cuidar da sua saúde e fazer as coisas como precisam ser feitas é uma demonstração de amor próprio mas também significa amar os outros. Quem ama, quer dar o melhor de si e isso passa por essa questão de como tocamos a nossa vida, do que fazemos com a nossa saúde, com nos nossos recursos, etc. Mostrar nossas melhores habilidades e o melhor de nós, antes de ser vaidade, é uma demonstração de amor e de generosidade.