Me deito mórbida na cama, o áspero... João Artür do Prado
Me deito mórbida na cama, o áspero veludo dos cobertores, me lembram podres flores.
Com grandeza incompreensível de uma montanha que bloqueia a vista das estrelas.
Sobre a ombreira de minha janela tu impede que a luz da lua chegue em meus inchados olhos.
Como a brisa úmida de maio você invade meu quarto e tira de meus moveis de cedro-rosa espessas camadas de poeira.
Suas Histórias egoístas, aventuras por mim nunca vistas, ecoam pela casa; desmoronando os capiteis gregos de minha família.
Queria ser lobo entre cães como você, para ajuntar matilha e pelas ruas correr. Mas, sou como vinha em jardim e por preguiça serei até o fim.
Como tirano branco tua vontade é maior que a minha. Hoje arremesso ás profundezas as chaves da minha gaiola. Aceitando toda aventura vir só de tuas histórias.
Mas, tu se arremessaste ao abismo e me devolvera o que neguei. Tinha em esquecido que quando te disse que esteva no fundo do despenhadeiro, tu me disse também.
~~Lj