VESÚVIO Não importa quanto tempo... Evan do carmo
VESÚVIO
Não importa quanto tempo passe
Se uma paixão não tiver se esvaído
No sacrossanto leito da cumplicidade
Se ainda não se consumiu no frio da ausência
Cedo ou tarde ela ressurge como um Vesúvio
Com mais força, mais dolorida, sem calma e paciência.
A quem devemos a vida nos escravizamos facilmente
Quando somos pegos como vítima da paixão
Entregamos tudo nas mãos da criatura amada.
Nos redemos ao objeto dos nossos mais secretos desejos
A paixão é o encantamento mais sublime
Que acontece entre duas almas.
Fenômeno que descobrimos,
Mas que nunca dominamos
Nem entendo como surge.
Nem de onde vem esta vontade indomada,
Que às vezes dorme por décadas
Mas que de repente explode.
E arrebata o ser ferido ao inexorável conflito
Que mais uma vez fica sem saber o que fazer.
Se escolhe morrer sozinho e consigo levar seu mal eterno
Ou se dessa vez mergulha no fogo impávido da paixão
Evira fósseis de pompeia.