Quantos de nós já confundimos... Wesley Avante
Quantos de nós já confundimos desejo com conexão?
Já parou para refletir as vezes que conversou com alguém, trocou umas figurinhas e achou que somente isso os faziam estar conectados?
Com a vinda da Internet, utilizamos cada vez mais a palavra CONEXÃO para se referir somente a estar trocando informação de forma virtual, mas está longe disso ser a conexão que de fato compreendemos e buscamos.
Para haver uma conexão é preciso que haja dois indivíduos interessados, sensíveis e abertos a dar e receber do outro. Ou seja, um COM-PARTILHAR.
É um processo de retroalimentação quase que diário, onde mesmo que de forma silenciosa e indireta, um acaba nutrindo o outro.
Até aí tudo bem, compreendemos que são essas conexões que formam as amizades, os relacionamentos e laços profundos, e percebemos que o compartir não é somente uma vontade, mas uma necessidade de todo ser social.
Mas o bicho pega quando somente um dos lados é o interessado em trocar e dar, esperando ansiosamente em receber do outro. Mas nos meios virtuais é comum confundir atenção e educação com conexão.
Ou pior, trocar o amor próprio por migalhas alheias.
Mas entendam: quando o outro não está a fim de receber o que temos a oferecer, precisamos aceitar, focar no amor e seguir. A empatia, que é o estado de estar sensível ao outro, tem que vir de ambos os lados. E está tudo bem se um sente e outro não. Só não podemos esquecer que conexão demanda mais tempo que um like e uma carinha amorosa 🥰
Conexão demanda cor-ação, manutenção e retorno com intenção em querer continuar envolvido com o outro.
Conexão nunca dependerá de UM forçando, mas de DOIS seres permissíveis e abertos a existirem e se ajudarem a evoluir, na forma suave ou intensa que tem que ser.
Então, bora oferecer o nosso melhor mamão pro amiguinho sem esperar que ele dê a mão em troca. O estar aberto já está aí na sua intenção, só é preciso esperar que o outro deseje e se abra para te receber também.
Amar é isso, ser porta aberta, ser convite, ser tapete de boas vindas, mesmo que não venha ninguém naquele dia.
E conexão tem tudo haver com a paixão, aquela fantasia que jogamos em cima do amor sereno, mas isso é papo pra outra história.