Chamas da vida. Chamas que... Ricardo Melo
Chamas da vida.
Chamas que serpenteiam...
Sorrisos que não existem mais...
Vidas que se foram....
Palavras que foram citadas em vãs...
Sinto muito....
Não quero passar por isso...
Mas infelizmente a vida é assim...
Meche-se os labirintos escuros...
Fundem-se as raízes da razão....
Não é uma história qualquer....
São muitas histórias...
O pânico...
O medo...
A falta de fé...
Inacabável é esse tema...
Se eu...
Ou outro escritor levarmos adiante essa escrita...
O punhal rasgará pelo dois lados...
O Sol é de todos...
Nas noites sombrias...
Foram muitas madrugadas de choros....
A tarde sempre é aquele momento que ninguém quer presenciar...
Famílias destruídas pelo tal vírus famoso...
Ali...
Próximo ao túmulo....
Cenas que se repetem...
Na alma...
Se cria uma cratera....
Nos olhos...
Dores em cima de dores...
Gritos estarrecedores...
Parece descer sangue ao invés de lágrimas....
Uma Partida...
Para uma outra vida...
Longe daqui...
Fora daqui...
Que só o Criador sabe....
No espaço...
Nem sabemos por onde andará nosso espírito..
Se tivermos a chance....
Nas mãos do pai estará....
Atravessar esse desconhecido túnel não é nada fácil....
Só acho que enquanto estivermos aqui....
Vamos distribuir alegrias...
Vender ou exigir não nos convém....
Comprar ou vender confiança muito menos...
Na fusão de uma vida qualquer...
Levemos então um bom coração para com nosso próximo...
Distorcer isso tudo não é bom...
Inocente é o futuro...
Onde será...?
Ninguém é capaz de adivinhar...
Parte de uma história...
Parte da tua história...
Parte da minha história...
Não é ilusão...
São apenas nuvens que sempre irão serpentear...
No céu da nossa imaginação...
É uma frase...?
Não...!
É realidade pura...
Colhida das vidas que estão a deriva....
Sem uma noção...
Sem uma razão...
Sem mãos para mostrar...
E tudo isso em detalhes explicar....
Esse poema não é brasileiro...
E também não é estrangeiro...
Ele é mundial....
Por isso...
Falo e repito...
Somos aqui...
Menos que momentos...
Sem o Pai da vida...
Somos tormentos...
E muitos de nós...
Achamos que somos...
A peça de teatro...
De um monumento....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.