Tèmpera do cacau Dos chocolates da... Ricardo Melo
Tèmpera do cacau
Dos chocolates da vida...
Assim como o pó é amargo...
Alguém que já provou sabe...
Trata-se de uma têmpera absoluta...
Alguém o criou...
Ao leite se faz uma barra marrom...
Da manteiga do cacau...
Se faz uma barra branca...
Creme de leite na condensação...
Leite moça de Creme cremoso...
No colosso da minha ilusão...
Ratiei o sinal....
Entre o cacau e a flor....
A Fruta contém...
Um alto teor de cafeína....
Na poesia que escrevo...
É umas dos meus olhos e também é a menina...
O ovo não vem da gema...
Vem da ave , galinha ou da Ema...
O sarge é comum...
O desenho é amordaçado....
E nesse onomatopaico sem fim tem um zumbido...
Me perdoem se dou o que falar....
Sou natural...
Sintético nem pensar....
Quem quiser me conhecer...
Sou assim e mais um pouco...
Sou de uma erva que não veio do mate...
Tomei muito chá...
E dei meus arremates...
Não faço isso porque me sinto leve...
Sou um escritor irremediável....
Aperfeiçoar é meu dever...
A fera que ruge...
Ela vai de mim se afastando....
Parar é para os fracos....
Aquele verso de ontem...
Umas letras eu usei...
Esse de agora...
Decidir fazer com o livro da lei....
Alheios eram meus olhos...
Amores impossíveis eu não sei....
Sou um poeta instantâneo...
Me diluo na água...
E me derreto no fogo....
A minha retina não é traumatizada....
E na rotina eu ja me sufoquei.....
Sem nem um planejamento....
Vou vivendo e não sei....
Escrevendo isso...
Quase morri...
Gargalhando nas areias brancas...
Por esse ato que eu cometi...
Só testei minha capacidade...
De um chocolate que desejei e comi..
Autor:Ricardo Melo
O Poeta que Voa.