Aceite. Enraizei em mim.... O Poeta... Ricardo Melo
Aceite.
Enraizei em mim....
O Poeta louco que sou...
Fui Furando até atingir...
O âmago do meu ser...
Na entrega....
Rasguei minha própria face...
Dando conteúdos necessários a minha imaginação....
Evitar..?
Nisso não pensei...
Invisível é...
Onde minha mente vagueia....
Sei que não é um túnel...
Não é uma caverna...
Não é um campo...
E não são montanhas...
Me sangro...
Até emergir a minha fé...
De pés descalços ou protegidos...
Eu sinto como não estivesse pisando no chão...
Momento único é...
Quando meus olhos fitam na tela do celular...
Não sou viciado em redes sociais...
Não sou viciado em Internet...
Não sou um navegador frequente...
Predadores estão às espreitas...
Por isso fico á minha direita...
E vou me cambaleando pela esquerda...
Não deixando o que possa me ferir...
E tomar minha linha de frente...
Vou no zig -zag...
E não admito...
Tormentos e nem contratempos...
Na minha tramela tem janela...
E abro e fecho sem ajuda de Cinderelas....
Derrubo as portas e vejo quão grande é o Sol...
E ele que me faz sentir a paz...
Com minha alma sem remelas...
Encobriu-se com as nuvens...
A luz de fogo seu moço...
Desconhecido é meu rumo..
Sei que o rumo é certo...
Para adivinhar o amanhã..
E depois não ter o melhor da promessa..
Dispenso curiosidades...
Hoje é hoje...
E o amanhã ainda não chegou..
Atravesso mares e rios...
Sem medo de me afogar...
Meu remo é da ilusão...
E por esse mundão estou á navegar...
Sou eu...
Um pouquinho louquinho...
Ou um loucão de montão...
Não bato atoa...
Caiu na canoa é peixe...
Como diretamente no Caldeirão...
Para não sujar os pratos...
Tiro a cela do alazão...
Deixo ele pastar...
Por esse verde mundão...
Sou como o pássaro curió...
Canto veraneios...
Canto e versejeio...
Sou de alma poética...
Na busca de uma flor que tem cheiro..
Menino trovador...
Menino que escreve canção...
E ornamenta o refrão...
Sou pequenininho no tamanho...
Mas sou enorme no sertão...
Enxada é meu apelido...
Foice o meu pseudônimo...
Me chamaram de quarteto...
Me recusei e mostrei as asas...
Porque sou um Poeta Voador....
Do Coco bebo a água...
Da carne ralo e faço cocada...
Vem pro meu baile...
Aqui tem muita inspiração...
E não me intimido...
Com qualquer desafiador...
Aceite...
Não vai doer...
E se quer se atrever...
Vamos juntar os versos...
Que o povo quer ver...
Não terá vencedor...
Será empate na plateia...
Sou apaixonado pela humildade...
Paz na terra...
E aos homens de boa vontade...
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.