Eterna diversão. A notícia... Ricardo Melo
Eterna diversão.
A notícia espalhou...
De um menino do interior...
La de um estado do sul...
Ele tinha um modo Cortez,..
Que trouxe de berço...
Uma alma inspiradora...
E bem visto pela população....
O tempo passava..
Ele viajava buscando oportunidades...
E nunca acreditou em assombração...
Andou por vales...
Apanhou na vida e isso lhe serviu de lição...
E esse inpirador que falo aqui...
É dono dessa inspiração...
Desafiou os limites,...
Sem segurar as rédeas na mão....
Deu um salto no tempo...
E trouxe um presente desde a infância...
Ainda criança...
Brincava sem cair no chão...
Nascido no campo ...
Tocando boidada
E de berrante na mão...
O som ecoava nos confins...
La na gruta do paredão....
Sua terra natal é muito querida...
E lá...
Não existe confusão...
Surgiu um boato naquela região...
Que ele desceu do cavalo...
E pegou um papel em branco...
E rabiscou com pedaço de carvão...
Foi um belo dia...
O sol raiou...
E o verso se juntou ao poema...
Cambaleou no improvisado...
Marcou a década...
Com sua alma juvenil...
Foi nesse momento que ele teve uma sensação....
Degolou um pássaro na ilusão...
Tomou tuas asas e saiu fora do chão...
Botou grafite na lapiseira...
Cutucou o alfabeto e teve essa imaginação...
Gaiato não!....
Mas é atrevido como leão....
Começou a sorrir sozinho...
Falando consigo mesmo:...
-É hoje que estou na contra mão...
Pernoitou com teu olhar semi aberto...
Caiu da sacada....
Na varanda de um casarão...
Aplicou tintas no quadro da ilusão...
Deu um grito de Vitória...
O povo ouviu e ficou calado...
Arrepios ele tive...
Nessa plateia ninguém o viu...
A trova dentro do seu peito berrava....
Como boi bravo atiçando o trovão...
Por algumas horas dormiu...
E acordou atordoado...
Lavou o rosto,...
E quando enxugou...
Foi em busca de uma solução...
Ao acabar com aquela grafite...
Viu que a poesia pra ele...
Jamais será problema...
Ela sempre será...
Sua eterna diversão...
E no teu pisado salpicado...
Procurou a frase certa..
Buscando dentro do seu coração...
O choro molhava a relva..
Enluarado eram suas linhas...
Foi saboreando com degustação...
Provou uma fruta azeda que a garganta doía...
Bateu a poeira dos panos...
Comeu um doce e seus olhos piscou...
Jogou tudo pros ares...
Sentado e começou a ler...
Tudo isso que ele escrevia...
Foi aí que percebi que era eu...
Arrematei esses versos..
Sem ao menos eu saber....
Como ficaria....
O fim dessa minha inspiração...
Autor: Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.