- Percepção do viver no morrer... Marcos Vinícius Trindade -...
- Percepção do viver no morrer
Estamos todos morrendo, mas as vezes esquecemos, achamos que tudo e todos são permanentes, que vão continuar e amanhã vai ser a mesma coisa de ontem, grande engano, se soubéssemos, hoje faríamos tudo diferente, quem sabe com mais intensidade e verdade, aceitando que o amor é o que vale.
Escrevi um dia algo que não acredito, mas é uma perspectiva boa de encarar: “A vida é apenas um intervalo entre a inexistência que somos, do antes do nascer e pós morte”, apontando, que tudo precisa de descanso, até mesmo a inexistência, lançando assim raios passageiros de vida, poxa, é tão rápido, e muitos passam esse curto período de tempo que é vida, desperdiçando, que triste, triste quando não sabemos responder para que nascemos e qual é o nosso propósito aqui, e quando não sabemos, não fazemos o certo, e podemos cair na tragédia de passar a vida inteira infernizando os outros com nossa chatice por coisas tão fúteis, irrelevantes, ninguém merece.
Imagine um objeto, que alguém têm por cinquenta anos mas nunca usou porque não sabe usar e, também não sabe qual a utilidade do mesmo... é como a vida, se não soubermos viver, do que adianta, podemos viver duzentos anos, quem viveu apenas vinte anos mas com o conhecimento certo perante a vida, teria vivido mais.
Cada dia, todo dia, nascemos, vivemos e morremos, pois dia é singular, nunca mais o mesmo voltará, muita coisa muda, o que passou não tornará a ser o mesmo que foi, mesmo que pareça semelhante.
Morrer não dói, o que dói é não ter conhecimento, porque o preço disso pesa, e somos cobrados, então desejo alimentar diariamente o ímpeto de aprender, a curiosidade de saber, para não carregar a amarga ignorância de não poder ser, fazer e ter.
Morrer não é o fim, é apenas mais uma transformação que o universo é, a alma floresce e fica apta para a próxima estação ;)