Ao invés de nos lembrarmos do que... Arcise Câmara
Ao invés de nos lembrarmos do que realmente aconteceu, tendemos a nos lembrar do que é mais conveniente para nós
Sou desprendida de todo o bem que faço até me sentir injustiçada ou com sentimento de ingratidão, a vida pra mim é fluxo e refluxo, é um mistério delicioso. Usamos o passado apenas como referência para que os erros antigos não se repitam, isso também serve para um alerta do que devemos ou não fazer.
Toda violência com criança pode ser evitada, é um respeito a si mesma, muitas pessoas querem tratar os outros como se fossem coisas sem importância. Nós somos sonhos, lutas, às vezes solidão.
Vamos nos acostumando com hábitos que nos permitem manter o corpo sempre saudável, quando queremos ser sensatos e sinceros com que sentimos e vivemos conseguimos.
Não podemos mais viver olhando para trás, dizer não de maneira justa, de forma pensada e realizada nos traz grandes ensinamentos e lições de vida, a gente precisa entender e saber o que queremos.
Somente te amarei se você tiver êxito em me amar, eu curto reciprocidade. Adoro frases que começam com “no meu tempo...”, sei que nosso tempo é agora e que o presente é infinitamente mais importante, mas essa reflexão nos faz seguir sem tantos tropeços.
Estar com pessoas queridas é básico para manter a alegria de viver, somos família, esse modelo de cada um por si e Deus por todos não se sustenta mais. A gente é ser colaborativo, se nos sentimos explorados, acabamos nos cansando.
A vida deve ser entendida, devemos tomar pé da situação, se não estamos conectados com o nosso eu a gente acaba na barafunda geral, o trabalho começa a perder qualidade.
O importante, não deixe de ser você para agradar os outros e e não me venha com essa história de não ter tempo. A gente sempre tem tempo para o que nos interessa, inclusive pra tomar aquele sorvete de papaia com cacis que a gente tanto ama.
Por vezes passei fome, prendi xixi para cumprir a tarefa que o trabalho me pusera, os lábios rachavam e as gargantas ardiam por falta d’água. Eu costumava me lamentar, mas refletindo sobre o assunto, verifiquei que muitas coisas eram frutos das minha escolhas, ninguém me pedia para fazer, eu que me achava no direito de fazer e por isso não tinha do que reclamar.
Minha vida era uma gangorra entre dúvidas e esperanças, entre centralizar em mim mesma e dar poder aos outros, entre inibir minhas iniciativas para favorecer as ideias dos outros.
Refleti sem faz de conta.