Percebi que até o avesso dos meus... Ricardo Melo
Percebi que até o avesso dos meus sonhos posso construir,
Construír algo,
Com ou sem explicações destruir num abrir e fechar de olhos,
Percebi que há sonhos que não se ajustam ao que sentimos,
Percebi então,
Quê mesmo que eu não tenha nada conhecido,
Posso construir,
E quando estou sozinho,
Aqui no meu demasiado mundo,
Vejo que ele é grande para mim,
O que entendo disso...?
Entendo,
Que sempre viverei no meio de uma multidão,
Posso ter eu tido apenas mais um sonho,
Mas como manusiar esse sonho...?
Posso ter somente uma encruzilhada,
O destino quer que eu sigo em frente,
E hesitando olhando para o lado.
Posso também não ser nada,
Mas como sou teimoso,
Com minhas forças,
Teimosamente quero ser quase tudo,
E foi no meio dessa multidão,
Que um dia me olhei,
Olhei como se o futuro já tivesse chegado,
E o passado nunca tivesse existido,
Pegado nessa minha ilusão,
Faço desse sonho a minha razão de existir,
Já habituado,
Mesmo que me faça sofrer,
Isso jà e esperado,
Por isso hoje,
Enquanto anoitece,
Olho em frente,
E vejo o sol sorrir,
Nessa bola de fogo brilhante,
Aceno,
Antes que ele se esconda atrás do monte.
À noite,
No escuro da minha solidão,
Com a ilusão e a certeza,
Ele chegará de novo,
Refrescando-me e ardendo-me,
A memória com os passados coloridos, Esses espalhados pelos os bons momentos vividos,
Impregnado no meu quarto,
E por alguns instantes,
Ainda tento afastar essa ilusão que continuo a despir.
Tento fechar os olhos,
Deixando de sonhar,
Dizendo a mim mesmo,
Como esse tempo já volta mais,
Algo dentro de mim diz,
Vá,
Siga,
Eu sempre soube como mais ninguém,
Quê tatuar uma história leva tempos,
O eterno na memória,
E essas vivências são tão fortes que nem rasgando todo o livro a história deixará de existir,
A janela continuará entre aberta,
E o vento soprará sem parar,
Sei que lá fora,
Tudo levo a acreditar que uma tempestade se aproxima,
Estendo as mâos,
E estendida rumo á cima,
Apenas,
Cavo no meu ser,
Buscando socorro com o criador,
O vento la fora assobia,
Calo-me
Mas não deixando o frio esfriar o que está no meu coração,
As lágrimas rolam,
Marejando meus olhos,
Não permitindo parar.
Não sei se a tempestade que se instalaráa dentro de mim,
Existirá um furacão,
Mas despeço-me,
Deixo aqui mais adeus,
Mesmo que o vento se cale,
O sol apague,
O mar seque,
Nunca será razão suficiente para apagar o amor dentro de mim,
Meus sonhos,
Sonhos meus,
Essa é a única possibilidade de abraçar a felicidade que espera por eu....
Autor :José Ricardo