O OVO Um dia talvez Continuo sendo... Ricardo Melo
O OVO
Um dia talvez
Continuo sendo freguês,
No meio de uma cidade
Ou no mercado burguês.
Com sapato novo
Começo o dia
Cumprimentando o povo,
De lapis na mão
Falarei pra essa gente
Um assunto diferente
De um novo poema
Cujo o tema é o ovo.
Não sei se serei bobo
Ou Falarei enganando os bobos
Na casca do ovo.
Bobo sou eu
E o ovo também.
A galinha com sua cabeça
Vai fazendo força,
Vai botando
Por onde vai passando,
Deixando seu ovo.
21 dias chocando.
Pintinhos abortados,
Outros vingados,
E vai se espalhando
Na frigideira,
Coloco manteiga,
Saiu o Zé do olhão.
Ou se preferes,
Bife do zóião.
De olho no ovo,
Bato a casca na quina.
O ovo também serve
Pra medicina,
Alimenta todos nós;
Muita clara e gema
Batendo bem direitinho,
Temos o omelete.
Muitos usam e fazem seus testes.
E serve o mundo dos cosméticos.
Tem gente
Que só quer ser diferente,
Come ovo cedo,
Até no café.
Vai jantar ovo batido,
Quando enjoa,
Come cozido.
Bicho da casca mole,
Dele também se faz maria-mole.
Pro bolso é muito poupavel.
Vamos continuar comendo
Nos mantendo saudavel...
Convido todos,
Agora nesse banquete,
Desse ovo
Acabou de sair o bolo...
Autor:José Ricardo