⁠ O mundo real funde o paralelo O... Fernando Bet





O mundo real funde o paralelo
O preço que pago.
Com o passar dos dias,
Dias que não vivo, dias que nem vejo.
Noites em que passo, que choro.
A direção que eu não tenho, o controle que fugiu das minhas mãos.
Tão distante de mim mesma, a mente acelerada, atordoada o presente que vivo no futuro.
Eu tento, eu juro que tento.
Dias que eu estou bem, no mesmo segundo que mal eu fiz?
O preço que paguei pra viver onde não queria estar. O preço que eu pagaria pra morrer pra dor aliviar.
E os dias que vivi, os dias que vi.
As noites que dormi, que sorri.
A direção que sei pra onde vou, o controle na palma da mão.
Fecho os olhos e consigo estar tão perto da minha alma, a mente consciente.
O futuro que eu deixei com o tempo.
Parei de tentar, não juro mais.
Os dias que não estou bem, eu não estou bem, aceitei. No mesmo segundo eu fiz coisas boas, eu sei.
Não pago mais o preço, mas a morte eu sei que vem e a dor ainda vai aliviar.