A transitoriedade do ser A vida é... Nildinha Freitas
A transitoriedade do ser
A vida é tão passageira e somos tão apressados em viver que não percebemos que tudo morre ao amanhecer.
A cada manhã somamos os dias passados, as histórias acertadas, os erros que nos ensinaram que somos vulneráveis, que somos frágeis seres errantes e que temos a oportunidade de evoluir, de reinventar. A gente nasce, cresce, nota que a vida vai sendo sentida nos detalhes, nas atitudes que dizem sem falar, que falam tudo de amor. O tempo voa e olhando no retrovisor dos dias que passaram por nós entendemos que nada foi em vão e tudo o que nos resta após perceber que já não temos tanto tempo pela frente, é a única certeza certa dos viventes: a morte.
Mas o que é a morte?
Há quem pense que morrer é fechar o ciclo do existir, é o ponto final, porém morrer pode ser reticências, uma vírgula a mais no caminho da existência.
É certo que não morre quem planta o amor, não morre quem planta a verdade, quem lança na terra sementes de esperança e que mesmo diante do ódio que grita por todos os lados escolhe lutar por igualdade, pois para quem tem um coração nobre morrer é a porta para a eternidade.