Ao Pó Em algum lugar... Não sei... Ricardo Melo
Ao Pó
Em algum lugar...
Não sei onde...
Mas sei...
E como sei...
Pode ser aqui...
Pode ser ali...
Pode ser longe...
Ou tão perto que nem sei...
Esse mundo...
De certo modo...
Tem seu modo cortez...
Tem seu modo malcriado...
Ou super educado...
Existe uma luz...
Não é possível...
Pela essência da natureza...
Pela flor que brota...
Pela flor que coloca sua cara nova todos os dias...
Não existem motivos pra..???!!!
Num esquadro qualquer...
A quina se faz tortuosa...
A linha está fora da mira...
A personalidade fugás....
Ela é minha...
E cada um com a sua...
Finalmente...
Ou até que seja incacabada...
Somos raças imaturas...
Uma mistura...
Uma parte é dor...
Uma parte é riso...
Outra parte é lagrimas...
Outras são fáceis de lidar...
Outras difíceis de compreender....
Eu compro...
Eu vendo...
Eu almejo...
Eu como...
Eu me...!
Sabe lá...?
Um dia eu fiz parte da infância...
Interessará será um dia eu votar na urna...
Por uma fonte de água...
Por um oceano....
Ou um espelho no Rio claro...
A miragem....!
É um desperdício..?
Erro meu...
Somente meu...
Único...
Individual...
É claro que é erro....
O que é Divino...
É perfeito...
Mais que perfeito...
Afinal...
Quem sou eu...
Distraí...
Chorei em solidão...
Achando...
Procurando...
E errando....
Árdua é a vida...
O açúcar é por conta de cada dose...
Cristalino é o cristal...
O vidro jogado se quebra fácil...
O minério é explorado...
Sua dureza é absoluta...
Baseado na força da natureza...
O ouro brilha...
O diamante é extremamente duro...
O bloquinho arcaico perdeu sua cor...
Resista alma errante...
Teu olhar é teu olhar...
O que é amor é amor...
A verdade ofusca...
Afugenta...
Ela queima.
Eita teatro de cortinas longas...
Sustentado por uma fúria...
Sem controvérsias...
Quem decide...?
Essa trajetória é louca...
E com todo respeito se empina...
Recolhimento ou acolhimento..., Encantamento ou avarento...
O que desalmou...
Também se desarmou...
Onde...?
E pra quê tantos julgamentos...?
Por onde eu vou...?
Pra onde eu vou...?
Por onde eu passo...?
Por onde eu fui...?
Até onde irei....?
Cravamos o arrebite...
E queremos tirar mas não é fácil...
Voamos...
Paramos...
Andamos...
Passamos...
E nos dedicamos...
É...?
E agora...?
Para onde estamos indo....?
Espero eu...
Ah como espero...
Que o outrora nunca mais volte...
E se voltar...
Quero eu...
Dissipar...
Pois sou feito do pó...
E é como pó...
Que terminarei....
Essa trajetória...
Com minha história...
Autor:Ricardo Melo
O Poeta que Voa