Sem horas para terminar Uma voz, um... Ricardo Melo
Sem horas para terminar
Uma voz , um sentido,
Um sorriso para lembrar,
Dias que se foram,
E o que sobrou foram as lembranças,
Do favo vazio que não sobrou mel,
Como poeta,
Sou também coerente e humano decente,
Sou inspirador com marcas de alegrias uma dores,
Não posso de nada reclamar,
Um Castelo lindo e florido,
Taças de cristal e pratarias de último grau,
Amigas horas,
Doces momentos,
Amargas lembranças que ficaram
da vida em outrora,
Algo ainda mal resolvido,
Dos tijolinhos na areia,
Eram rastros de uma vida bem vivida que não foi bem aproveitada,
Mas, creio eu,
Nessa vida tudo e reciclável,
Como o vento destruiu,
Assim também o tempo reconstruírá,
Após décadas passadas,
Vou blindar o tempo para não desaparecer,
Vou maquiar as feridas para não mais doer,
Vou colorir o futuro para não mais sofrer,
Vou fazer um alicerce robusto,
Para meu castelo não vir ao chão,
Vou fazer as mais lindas composições,
Vou cantar as mais lindas canções,
Vou arrumar um triunfo de aço,
Para me segurar nesse pedaço de chão,
E quero ver quem irá me deter....
O vinho será puro, direto da videira,
E não terá imitação,
O arroz e o feijão serão colhidos na hora,
E a carne será preparada no fogão à lenha
E não terá hora para isso terminar,
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.