sentei-me em uma cadeira meio... Anônimo
sentei-me em uma cadeira meio suspeita, estava bamba e fiquei olhando o céu, estranho como a lua me prende a um pensamento aparentemente simples, coloquei meu fone ouvindo "la vie en Rose" e me perdi de mim, a forma como as estrelas me encantam quando Louis Armstrong toca o seu trompete e o tempo para de forma que as únicas coisas importantes no mundo sou eu, a música e o céu e é engraçado como eu tento saber quem sou através de estrelas, do brilho da lua ou até mesmo da velocidade que o vento bate em meu rosto.
coisas sem explicação tomam conta de mim, me diz, quem não acredita que somos um universo dentro de outro universo, sempre será assim, já ouviu Tim maia enquanto a chuva cai? como o céu muda, o brilho não existe nessa noite, as estrelas estão escondidas diante de nuvens carregadas e aí a sensação é outra, conforme os pingos d'água caem no chão encharcando a grama verde, as lágrimas escorrem pelo meu rosto e a melodia dói, não pela letra em si até porque "gostava tanto de você" é uma bela poesia mas conforme viajamos naqueles pingos de chuva, no vento mais forte e até mesmo no barulho que dança junto da música, a chuva lava e esse seria o momento perfeito pra lavar a alma, se perder nos mais profundos pensamentos sentimentos e caos, aqueles considerados confusos, se perca neles, chore ouvindo jazz clássico, ouvindo MPB e até mesmo apenas ouvindo uma poesia falada, se perca na paz do brilho do luar ou dos pingos frios que caem, é incrível como há beleza em tudo, e pra mim, estes dois momentos, estes dois cenários, da mesma maneira e mesma melodia, são coisas completamente diferentes, únicas e as mais belíssimas.