Ontem de madrugada, despi-me e abrir... nereu alves
Ontem de madrugada, despi-me e abrir a porta de casa, em seguida o portão. No silêncio da noite, caminhei pelas ruas e senti o gosto da liberdade pelo meu corpo, nu de qualquer vaidade ou sentimento que não fosse pelo prazer de sentir solto. Os meus poros sensíveis ao ar da rua, tocava a minha alma. Andei pelo bairro e não encontrei ninguém, parecia que todos tinham mudado, sei lá. Os meus pés descalços caminhavam em nuvens de alcatrão com cheiro de chuva. Caminhei por um tempo. Voltei para casa, abri o portão, em seguida a porta, tocou o despertar e acordei.