Filho do deserto Eu sou o árabe,... Lourival Alves
Filho do deserto
Eu sou o árabe, filho do deserto,
Já comi poeira nessa árdua caminhada,
Estive longe e hoje estou perto,
Gratidão,ao lembrar da fria madrugada.
Durante o dia,sob um sol escaldante,
E as noites, eram longas e geladas,
Com um sofrimento frio e degradante,
Estava eu e minha consciência de mãos dadas.
Vivia em constante preocupação,
Com as insistências do vil inimigo,
Eu,embrenhado naquela solidão,
Procurando ajuda ou apenas um abrigo.
No deserto impera a lei do forte,
Onde bestas feras vivem à torturar,
A vida,briga com a morte,
E os pesadelos, conflitam com o sonhar.
No deserto há muito medo,
Há também a sonhada alegria,
Um grande e eterno segredo,
Envolto numa eterna magia.
No deserto também se purifica,
Há encontros e desencontros,
Onde a alma se sacrifica,
Em um duro e demorado confronto.
Deserto do aprimoramento,
Deserto dos bravos e dos fortes,
Onde há dor e também o sofrimento,
Tem nascimento e também morte.
Lourival Alves