Violeiro afoito. Entre os acordes da... Ricardo Melo
Violeiro afoito.
Entre os acordes da minha viola,
Sombras de um poema insistem a me dizer,
Acreditar em tudo que se faz uma canção,
Até posso aceitar,
Mas entre um refrão e outro,
Ja se torna repetitivo,
E isso pra mim é totalmente fora da questão,
E faz eu cada vez mais,
Desse mundo afastar,
Estrelinhas ja me disseram,
Que alguém tramou contra mim,
Entenda de uma vez moça teimosa,
Esse mundo não é mole não,
Cabe olhar de fato o verbo do amor,
O que se fala nesse poema,
Nem todo querer nesse mundo é permitido,
Uma coisa é você chorar,
Outra coisa é saber o porquê,
Esse violeiro que faz essa viola tinir,
Ja sofreu e não é por você que ele vai parar de cantar,
São dez cordas que me esperam,
E um pedaço de pinho que ja está poluido de tanto me esperar,
E esse instrumento eu preciso repicar,
Vou entrar agora no palco,
Caso queira ouvir uma de minhas modas,
Faça o favor,
Compre o ingresso do camarote,
Pois os da arquibancada já estão pra se esgotar,
Autor:Ricardo Melo,
O Poeta que Voa.