Faz um tempo que as palavras... Sarah Ruach
Faz um tempo que as palavras "prender" e "aprender" me ocorrem, quase como um trocadilho.
"Prender" sendo o verbo que 2020 me trouxe, ao segurar a minha sede de mundo afora para permanecer do lado de dentro.
"Aprender" sendo o incremental que busquei, para não tornar o "lado de dentro" entediante demais.
Bonito como essas palavras, etimologicamente, caem bem como a chuva para o meu contexto.
Ambas derivam do "prehendere" que, do latim, pode ser lida como "levar para alguma coisa" A palavra "aprender", traz ainda o incremental "ad" com o sentido de levar para junto de si.
Se este ano me levou primeiro para o Sul, e depois, para dentro de uma nova casa, eu, – cuidadosamente, me levei para dentro de mim.
Encontrei minhas mazelas e virtudes e a beleza consistente e rotatória de apenas ser (o que já é muito). Isso pode significar que, silenciosamente, cresci.
Se voltamos aos ensinamentos etimológicos de uma curiosa:
A palavra "prehendere" que deu origem ao prender e aprender, se separa ainda em "prae" que pode ser lida como "à frente" e "hendere" inspirada na planta Hera que se prende às paredes para poder crescer.
O restante... é intuitivo.