Nas sombras... Na beira de um... Celso Roberto Nadilo
Nas sombras...
Na beira de um edifício.
Alma se desprende...
O desejo é único...
O terror é o mesmo...
Lágrimas para ter coragem.
O absurdo parece lógico...
Nada pode deixar imune...
As palavras some e o desejo aumenta.
Dia amanhece tudo parece bem.
Ninguém compreende ou se importa.
Uma voz ao longe deixa o silêncio atônito...
Implícito momento abraço desejo de viver
Mais momento que vivemos apenas na escuridão.
Nada pode deixar a verdade...
Nem mesmo o amor me devorou...
As palavras somem gagas...
Trêmula com último suspiro.
O sol cega com sua luz ofegante...
Mesmo assim continuo na beirada esperando...
Nada pode ser igual.
As coisas ganham cores e vento deixa marcas...
O chão cheio de alegrias e ilusões parece o término.
Transcende a desigualdade que nos separa...
Vultos de lembranças é como dizem...
Tempo se uni a tudo que deixamos...