Escritos da meia noite Nesses... Gilnara
Escritos da meia noite
Nesses escritos da meia noite
Abro meu interior, em sua mais íntima vastidão
Vejo armazenado doses tocantes de nostalgia
Hoje um açoite a esse desassistido coração
Te lembro e sinto seu cheiro
Perfume que a imaginação inventou
Mas não parou por aí, te imagino aqui
Nesse espaço que se fragmentou
Te sinto naturalmente, tu fizeste simples o presente
Meu querido amigo, seus versos são abrigo, são casa
De fato, tem gente que é casa sem nem te tocar
Te energiza, faz flutuar
Me chego a questionar a sentença que diz:
"Vagamos por este deserto sem saber para onde devemos ir"
Se devo, não sei
Mas o que quero está bem aí
O começo hábil e fácil
O desejo estava a me devorar
Eu o abraço e faço o ápice voltar
No tolo espaço de tempo suficiente para desapaixonar
Mas não funcionou, ainda estou a sua espera
Lenta e massacrante, desfigurando sem permissão o sentido bonito da paixão
A quimera, suposto resultado da imaginação que tende a não se realizar
De prontidão, a esperar o silêncio virar fera
A calmaria turbulenta
Depois que o fogo cessou
Assusta mais acalenta
Cada átomo que restou
Antes que o escrito tome entonação melancólica e ferida
Digo que há mudança positiva
Não existe mais medo, pois a garota tem seguro seu mérito
Descortinando esse segredo
Sinto que posso voar, na plenitude menina
Sem receio de me machucar
Posso ser feliz comigo
Ou se te sigo
Te juro
Abraço minhas vontades, enquanto dançamos (vc e eu) no escuro
Reconheço meu verdadeiro eu e por Deus
Anjo, em seus olhos...
Você está segurando os meus.