Ela não busca ser qualquer coisa e... Joyce Amanajás
Ela não busca ser qualquer coisa e ter coragem de colocar suas vulnerabilidades em suas caminhadas,é que tem fortalecido seus passos,cheios de energia e as vezes cansado.
Ela é o grito atravessado da mulher do ultimo andar,as luzes nas estradas escuras, o vento suave que balança as folhas das palmeiras.
Ela não cansa de pôr reticências em sua loucura equilibrada, rascunha tantas tristezas efêmeras,sempre esquecendo as vírgulas e ignorando as vozes,não há muito depois daqui.
Depois das 7h52, o cotidiano barulhento dos automóveis,fecha o vidro,coloca sua música preferida e vai. Põe um sorriso no rosto igual da menina de 9 anos correndo em direção ao mar.
Ela é cheia de esperança, mas é que também as vezes anda sem rumo e nem sabe onde se perder, por isso se encontra. Já esteve em tantos lugares mas não encontra abrigo que lhe conecte por inteira, é exaustivo.
Ela para no meio da rua e espera a chuva cair.
Tenta entender certas coisas,avaliar atitudes.
Ela aprendeu a não ter medo de qualquer coisa no mundo. Quase não fala sobre seus medos e quase nunca aponta onde dói quando o outro toca,ainda que sem forma,ainda que sem compreensão.
Ela não é qualquer uma,não é qualquer estrutura.
Ela se constrói entre a força extraviada e a resistência que persiste mesmo sem você saber. Sua coragem sempre teve o poder de provocar tremores e mudanças e seu coração cansado,insiste.