Ali e lá: mundos e... Martha Duarte
Ali e lá: mundos e "desmundos" de um ser
Eu sou aquela cuja mente foge ao ouvir certas coisas que não pode me segurar
Foge como um cavalo alado em busca de ares que possa se identificar
Foge como a lembrança foge ao pensamento no amor poder se encontrar
Difícil me prender
Difícil me deter
Difícil me conter
Tão presa sou no corpo
Tão livre sou na alma
Construo meus mundos particulares
Eles são bonitos!
Eles são autênticos e transparentes…
Neles a verdade impera…
Neles o amor é uma brisa suave que a todos permeia
Nele a paz é um brinde à consciência tranquila
Nele a palavra não é retida, mas muitas vezes dispensada pela fluidez das conversas dos olhares
Gosto de neles folgar…
Gosto de neles habitar.
Ali a justiça é apenas o resultado da convivência das almas altruístas
A fidelidade quase um ser personificado e abrangente em todas as relações
O difícil naquele mundo é o fazer as malas quando o "desmundo" chama…
Nada lá lhe cabe, tudo lá se incinera ao fragor do que lá se valoriza
O aterrissar doe, o aterrissar arranha e machuca forte a alma
Mas também é necessário,
Pois dará a cada retorno àquele mundo encantado
O brilho que só ali há,
Pois é o resplendor de uma alma enternecida.
Martha Duarte
Governador Mangabeira, 12 de julho de 2020 (pensamentos matutinos)