O verme de joelhos A cada dia uma... Khristos Rhavi
O verme de joelhos
A cada dia uma nova promessa
De mudança
E a cada dia um novo
Fracasso
De que matéria você é feito?
Não consegue viver o presente
Sua mente, seu passado e seu futuro
Se fundem em uma rapsódia
De agonia
Rastejando em direção a ti
Buscando a salvação
O descanso
Mas se afasta rapidamente
Me espera Senhor
Não tenho pernas, braços
Dignidade
Espera e cura a dor que me consome
Por que parece se afastar?
Não vê que imploro a ti piedade?
Curou tantos
De um pouco de atenção a esse
Pedaço de fracasso que clama pela suas mãos
Ao menos deixe me tocar as suas sandálias
Tantos vermes como eu te alcançam
Mas pareces tão distante
É ilusão?
Estas perto mas não vejo?
Se possível
Apenas um breve olhar
Quero te conhecer
Não mais pelas bocas de outros
Hipócritas como eu
Quero ser digno de morrer junto a ti
Crucifiquem me junto!
Mas como me pregarão se não tenho braços?
Nem pernas?
Apenas parasito
Chafurdo o lixo
Junto com resto da humanidade
Catando as sobras
E ouvindo sua voz
através de bocas imundas
Senhor, não consigo te alcançar
Demore o passo
Por favor
De me um breve olhar
Apenas breve
Um dia serei digno disso?