Besta Bêbada Tristemente demonstra o... Henricco A. Bimorethi
Besta Bêbada
Tristemente demonstra o passado,
O fui e o fiz, trespassado de arrogância
Da mais fútil e vil ignorância
De meus próprios atos devassos.
Fugi aos princípios ideais.
Atos inúteis e amorais.
Destruí meu palácio.
Paisagem que ali Deus havia inventado.
Como a besta evocada, tudo destrocei.
Nada sobrou de beleza,
O que era riqueza tornou-se ruína.
nada então é fascínio, aos olhos que observam.
Como uma fera saciada de sangue, repousei...
Acordei em meio ao nada...
Nada sobrou..
Tudo pus ao chão.
Sentei-me e repousei as mãos na cabeça.
Sinal de arrependimento e ressaca!
Minha virtude?
Minha sabedoria?
Minha honra?
Nem isso me resta..
Que penúria! Da minha alma, do meu ser.
Tudo era momentâneo! Que horror!
O momento de explosão!
Achar que era mesmo necessário?!
Que estupidez a minha!
Aceito minhas falhas!
Tudo foi minha culpa!
Rastejo sobre os joelhos e peço!
Que minha paisagem eu consiga REERGUER.
Ergo-me com a missão: RECONSTRUIR!
A original forma jamais terá!
Pouco a pouco, pedaço por pedaço.
Reconstruirei meu castelo.
E enfeitarei com pétalas e flores, o meu jardim interior.