No fim, estamos sozinhos. Na verdade,... Isabela Calaes (beloescrito)
No fim, estamos sozinhos. Na verdade, nem precisa ser no fim. E não, isso não é algo ruim, muito menos assustador. Eu adoro estar sozinha, como também, adoro quando estou rodeada de quem amo. Estar sozinho é diferente de ser sozinho.
Estar sozinho é vestir qualquer roupa, ou nem vestir, e se sentir lindo (a). É colocar um bom filme e não se incomodar em não ter alguém para compartilhar a cena engraçada. É fazer máscaras, hidratações, maquiagens... para ressaltar o exterior, mesmo sabendo que o que é belo vem de dentro. É não se incomodar com o cabelo bagunçado ou unhas destruídas, pois há a consciência de que a arrumação disso tudo nunca substituirá teu momento de não querer fazer nada.
Ser sozinho é desolador. É ser egoísta consigo mesmo e, talvez, até egocêntrico. Nunca desejei ou desejarei ser sozinha, como nunca deixarei meus momentos em que estar sozinha é a minha vontade. A solidão é necessária, porém, como tudo, tem que saber "usar".
Aqui, nesse ponto, entrará o amor. O amor é mais que necessário, mas também pode se tornar perigoso. Amar o próximo nunca será ruim, a não ser que você o ame mais que a si mesmo. Isso não sou eu quem digo, em Marcos 12:31 temos: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo." E é a mais pura verdade, pois quando o amor pelo outro se torna maior do que o sentido por si próprio, ele começa a te consumir, mais do que deveria, aos poucos. Na verdade, ele nem deveria consumir, e sim fluir.
Me acho extremamente intensa, e não costumo,com muita frequência,demonstrar essa intensidade em atitudes, mas isso nunca quis dizer que meus sentimentos não fossem avassaladores. Eles me transformam, quando menos espero. Fazem de mim alguém que passa a não entender as próprias atitudes. E mesmo,muitas vezes,não as aprovando, aprendi a amar minha intensidade, pois a bondade também é intensa aqui dentro.