Poxa tentei sair um pouco daqui,... Fábio Murilo
Poxa tentei sair um pouco daqui, juro, mas não deu, e assistir um pouco de TV, coisa que já deixei de fazer sistematicamente a mais de 15 anos. Sentei ainda agora no sofá da sala pra saber um pouco, no Fantástico, sobre a vida, a trajetória do líder da Revolução Cubana Fidel Castro, entre outras coisas, até relevantes, interessantes, ai teve uma hora que começou a falar das amantes dele, uma a uma, depoimentos das senhoras, ainda vivas, nossa como pude viver até agora sem saber dessa futilidade, nem imaginava que ele tinha namoradas :O. Depois, logo em seguida, entrou outra matéria sobre pais que se recusam a pagar a pensão alimentícia dos filhos, agora poderão usar também tornozeleiras, se acaso presos, e ficarem em liberdade. Difícil imaginar como é que o cidadão bota um filho no mundo e não assume, não tem peso na consciência de não dar o básico, cumprir com suas obrigações, e ter que ser forçado a chegar junto, por terceiros a sustentar a sua prole. Um filho é uma extensão do corpo, como o braço, a perna, é sua continuação ali, não pediu pra vir ao mundo, é o cumulo da irresponsabilidade, um pai assim é um psicopata, tem um desvio de caráter, ou não tem caráter mesmo, não é normal. Nem um animal, age assim, por instinto, as vezes até assume a cria dos outros. E muitos ainda tem orgulho de dizer que tem uns filhos por ai, encher a boca e se dizer pai, pai é quem cria, como se diz. Um imbecil, que nem participa, que se faz presente no sentido de marcar presença. Falando em presente... Conheci um que trabalhou comigo e mostrava a todo mundo a foto da filha, na carteira, uma filha que ele tinha por ai, como dizia, como se isso fosse um troféu. Um dia, não sei como, essa filha conseguiu localizado e disse que queria conhece-lo, ele combinou no intervalo do almoço, de se encontrarem na frente das Lojas Americanas. Chegando lá foi logo entrando na loja, tou imaginando sem nem beijar a menina, e lhe oferecer um PlayStation, esse poste, essa anta, essa porta em forma de gente, ia dar a filha um presente de menino, e ela disse, com a maturidade e sensibilidade que faltava a esse que se dizia seu pai, que não queria o presente, queria era passar a tarde com esse o desnaturado, comer uma pizza, conhece-lo melhor, e esse Pai com aço, palhaço, sabe o que fez? Deixou a moça lá, devolveu o PlayStation e foi embora, chegado na sala irado dizendo que a menina recusou seu presente caro, coisa e tal. Posteriormente casou com uma senhora e descobriu, depois, que ela não podia ter filho, e teve que adotar um menino o qual cobriu de todo mimo e conforto. Muito nobre esse gesto, valido, mas, sei lá, que coincidência interessante. Voltei pro quarto e agora tou ouvindo daqui outra coisa sem graça, enervante, Domingo Espetacular com um quadro com Paulo Henrique Amorim com aquela voz irritante, pior que é a voz dele mesmo, não tá imitando, tentando ser engraçado num quadro sobre uns bichinhos engraçadinhos, maior leseira, meninice. Vou me esconder por aqui mesmo até a hora de dormir. Desculpe pelo desabafo e meu status quilométrico a lá discurso de Fidel Castro, rs.