Amor Só Sempre estive só Nunca quis... Otocco
Amor Só
Sempre estive só
Nunca quis enxergar
Todo amor que existe
Só em meu peito há.
Sempre estive cego
Ouvi à todos e deixei
De querer e passei à aceitar
Logo consequentemente implorar.
O amor se tornou veneno
Que foi me servido dia após dia
Perdi o paladar, qualquer esmola
Era considerado uma sina.
Sempre estive só
Mas nunca podia dizer
Ou aceitava o sistema
Ou a porta estava aberta.
Era proibido discordar
Desejar, querer ou até implorar
A maior lei sempre foi
Que eu sempre tinha que aceitar.
O amor me fez refém
E hoje foi o resgate
Talvez eu não me recupere
Desse imenso desgaste.