Por que testa me senhor, se sabes... Giovane Silva Santos
Por que testa me senhor, se sabes que sou fraco.
Brincando no balanço frágil.
Sempre vacilante.
Pertenço a um terreiro condenado.
Um coral de amantes.
Parece que fui entregue aos Deuses do mundo.
Vencer é uma palavra inimiga.
Tanta angústia.
Tanto medo.
Tanta frustração.
Na guerra antiga sou canhão.
Por que tantas promessas.
Se vivo na prisão.
Enjaulado pelo tempo.
Liberdade que tento.
Recebo não.
Digo que já ouvi e li.
De uma porta a se abrir.
De uma água que mata sede.
Pra não desistir de lançar a rede.
A mostarda.
A fé.
A montanha.
Oh pai não estranha.
Meu submundo é profundo e confuso.
Por mais que eu lute.
Eu perco.
Talvez, ou é certo que mereças.
Eu não sou digno.
Por que testa me se sabes da minha fraqueza.
Eu não posso mais.
Aos prazeres de Satanás.
Condenado desde o berço inocente.
Se olho pra frente.
O destino indiferente.
Perco.
Se me ofereces matar a sede.
Por que morro.
Por que o vendaval.
A turbulência.
A tempestade.
O sepulcro.
O carnaval de angústia.
A dor.
Por que mata a esperança.
Já dizia Salomão.
Tudo ilusão.
Giovane Silva Santos