Andar a pé... O tempo que passou a... Atila Brito
Andar a pé...
O tempo que passou a gente no percebe.
Há tempos aconteceu, é fato, não se negue.
De tudo que se foi, lembranças é o que resta.
Do pouco que sobrou, quase tudo presta.
Agora que mudou, ninguém mais anda a pé.
Do pouco que se fez, do muito que se é.
Do pouco que se tem, do tudo que se quer.
Do nada que isto vale, to tudo que isto custa.
Do muito que se tem, do pouco que se usa.
Na arrogância da estupidez.
Na modéstia da humildade.
No desprezo da insensatez.
Na submissão da simplicidade.
O agradável já não é o bom!
O útil já não é o que vale!
O que custa é o que se quer!
o que se tem é o que se é!