Ser, estar e pertencer são missões... Cristian Apolo
Ser, estar e pertencer são missões fúteis que estão nos matando.
A ideia de ser alguém bem sucedido na vida, perante os olhos dos seus familiares e da sociedade, é algo pelo qual nossa geração se machuca a cada dia. Ter sua existência e seu tempo comparado a alguém é lastimável, eu não sou, não quero e espero que ninguém queira ser igual a ninguém. O que é uma conquista para um primo, amigo ou até mesmo irmão pode não ser pra mim. Nos pressionam a cada instante, mas nunca valorizam nossas conquistas.
A frase “ Na sua idade eu já estava...” deveria ser proibida, pois o tempo é relativo; Milhares são os exemplos de pessoas que alcançaram os mesmos resultados em tempos e com processos diferentes.
Como se não bastasse essa pressão toda que nos mantém deprimidos, nós mesmos nos colocamos uma necessidade de fazer parte de algo, não interessando qual finalidade desse grupo, dessa ideia ou lugar, desejamos apenas pertencer, mais importante que nossa saúde mental é estar incluso. Friedrich Nietzsche tinha como um dos maiores medos seguir a multidão, década vai, década vem e seguir a multidão ainda é a solução de muitos, e o medo de poucos! Qual preço está disposto a pagar pela sua reputação? Se estás sujeito a abrir mão da sua felicidade para manter um status perante quem te rodeia, acredito que seja preciso repensar se esse existencialismo moderno lhe convém. Não é errado seguir o cardume, mas é válido lembrar que o oceano é imenso.