O que os olhos não vêem...2 22 de... augusto andrade
O que os olhos não vêem...2
22 de março de 2012 às 18:15
Nesta manhã despertei com a informação de que uma jovem havia sido
espancada durante a saída da escola por um grupo de colegas; imediatamente
comecei a analisar o comportamento humano e sua falta de tolerância que
chega aos extremos aniquilativos do outro, na maioria das vezes por coisa
insignificante; lógo mais, após checar o tráfego no facebook deparei-me com
uma atitude de um "amigo" que postara na noite anterior um vídeo de uma
música na qual manifestei minha opinião que foi sincera, contudo diferente da
expectativa deste usuário autor do post, para minha surpresa, descobri que meu
comentário havia sido excluído! Ainda contrito pela noticia anterior, automaticamente fui levado a traçar um paralelo
entre estes dois eventos e considerar nossa situação humana frente as
contradições circunstanciais da vida e nossas reações por elas, foi quando,
entendi que ao nosso juízo, sem os efeitos destrutivos de fato vultuosos,
segundo nossa percepção natural física, banalizamos nossos impulsos de
rejeição, eliminação e silenciamento das coisas que nos confrontam, e estas
coisas ocorrem pelo simples fato de que as pessoas são diferentes e pensam
diferente, mas interiormente sendo banais ou graves nossas reações são
desencadeadas por um mesmo dispositivo em nosso coração (íntimo), que nos
faz sentir vilipendiados, e que clama como urgente uma atitude de "básica
eliminação" do agente dessa contrariedade, um tipo de expurgo, providenciado
instintivamente por nosso ego ferido; pela constatação destas evidências e
municiando-as também, lembrei-me das palavras de advertência de Jesus:
"...qualquer que disser a seu irmão: Raca, será réu do sinédrio; e qualquer que
lhe disser: Louco, será réu do fogo do inferno." E ainda: " todo aquele que
lançar um olhar de cobiça para uma mulher, já adulterou com ela em seu
coração". E, mais facilmente pude compreender o porquê dessas considerações
de Cristo com a ênfase e peso dentro do contexto que foram proferidas, Pois
tudo isso simplesmente determina que nossa (considerada socialmente) polidez
e educação, na verdade são meros sintomas da porção de "poder" que
possuímos, segundo nossa construção ética e dependência da estrutura social
a que estejamos atrelados, e que se traduzem também como timidez,
recato, brandura. indulgência.
Na net, porém somos deuses, TODO O PODER NOS FOI DADO, tudo sê-nos
torna fác
il e acessível, inclusive nosso verdadeiro Eu, por conta disso flutuamos
nos ares da tecnologia num universo paralelo da liberdade íntima desenfreada
excluímos e acolhemos sem culpa ou censura... Por isso uns "podem" no
facebook, eliminar os antagonismos, excluindo; enquanto outros "Irracionais
sociopatas " espancam colegas de escola. Mas o que deixamos "sem luz" é
que todos atingem a mesma finalidade em suas distintas circunstâncias, e mais
relevante: Partindo do mesmo impulso!
E agora avaliemos nossas atitudes E consideremos:
será que Deus que "vê o coração", nos tem por menos faltosos quando nosso
"desamor" manifesta-se menos alardeante?