Da tua janela... Não pude ver a lua.... José Henrique Boia dos...
Da tua janela...
Não pude ver a lua.
O céu se cobriu de nuvens.
Não tenho o luar.
Só um cinza para olhar.
Mas ainda assim sei onde estais.
Pois deste lugar nunca sais-tes .
Me acolhes sei, no quente colo do teu desejo.
Da tua janela me procuras.
Como se não estivesse eu tão distante de ti.
Quase podes me tocar ao sorrir.
E consigo mesma, conversas comigo.
E no quase juntos estamos sempre.
Queria agora te beijar.
Mas é com palavras que teus lábios beijo.
E é com a saudade que te sinto.
Preenches o meu viver como palavras em um livro.
Tua voz sussurra em meus ouvidos.
Teus carinhos estão sempre a me despir.
Estais sempre à me cobrir com teu corpo sobre o meu.
Já estivestes longe.
Hoje não mais, nunca e jamais estarás.
Pois deito à teu lado todas as noites.
Me acordar todas as manhãs.
Queres meu amor todos os dias.
Estou nos teus olhos, no abrir e no fechar.
Fui sozinho te encontrar.
Desde então só, nunca mais fiquei.
Era meu o que contigo tinhas,
Era teu o que comigo tinha.
Ficamos bem.
Estamos bem.
Enquanto eu aí.
Você aqui.
Sempre em nós,
De janelas abertas.
José Henrique